lunes, 16 de abril de 2012

Em voz sustentada

Quando da guitarra se escapa a nota sustentada,
arrecia o eco sentido do poeta sem vozal,
e outra e outra nota,sobem,baixam,ainda vão vestidas
e se escapam da caixa com tom musical,

as cordas vibram,o objecto faz-se sujeito na vida;
¡avança a guitarra!,despem-se para a clareza do ventanal;
e os pequenos pardais exibem suas pequenas asitas;
o poeta agita-se e reverte o verde natural,

como se fossem suaves liras que trinan solícitas,
sim...,as asitas...,e as notas fazem seus ninhos no ar,
¡advertem-nos da cita!.

O tempo é cinza no terraço,brotam as lágrimas da imensidade
¡essas que fazem nodos!,¡não é da ciência que saiam mais!,
trina o poeta,a guitarra e os pássaros da liberdade.

xurxo fernandez gonzalez