sábado, 2 de junio de 2012

O COELHO,As PRODUTORAS E @S BONDOS@S CARNIÇ@S DA LIBERDADE

Estavam numa mansão de Beverly Hills,magnatas da indústria cinematográfica e literária,de todas as grandes produtoras e editoriais,grandes banqueir@s,e altas sociedades,com interesses na carteira,com suas lustros@s assessor@s;tratava-se em definitiva de impor maior censura.

As sequoias esticavam-se para as cimeiras mais altas do elevado abismo do céu.

Era a grande revelação,nem aquele horrível Bugs Bunny que ridicularizava ao de carne e osso,nem sequer ele chegaria a ter tanta fama como Dom Oryctolagus,o coelho que discutia agora acaloradamente.

As imensas,longevas e vermelhas sequoias de uns cinquenta metros de longo,misturavam-se com os também elevados ciprestes,mesmo assim as primeiras triplicaban a estas em tamanho,e aumentava tal sensação de dita inferioridad na escala métrica dos ciprestes a germinação de suas diminutas folhas.

-Não,eu sou quem decidirei,pois a obra é minha,mandar-vos-ei a tod@s ao inferno,-dizia Oryctolagus,o coelho- fora de si,histérico.¡Agora é quando sou reconhecido,pois meu génio saiu!.

As palmeiras dispunham-se mais geométricas,rodeadas de bananos de uns dez metros que davam maior cromatismo ao marco do grandioso pomar de muito diferentes árvores e plantas.

Um alto executivo da banca,com muitas rugas na cara,que destacava por sua idade,pois tinha quinze anos,uma vez que ao coelho se lhe pôs uma ligadura na boca para que não gritasse,com a maior acalma do mundo comenta:

-Ti chegaste até aqui porque denunciaches as atividades conspiratorias de gente que se lhe tem metido na cabeça que outro mundo é possível,e estas pessoas que vivem nas bambolinas da boémia da arte,foram muitas julgadas,um pouco de tempo ou não,mas os caminhos dos becos que procuram as provas de tais atos nem sequer são necessário esquadrinha-lhos,acabarás brindando a oportunidade de sentenciar-te,infeliz Oryctolagus,és uma marioneta,como muitas outras,mas ti estás bem atrapado,não te saias das casa do jogo,ganharás o que se te ofereça e viverás nesta arte o que por nossa parte desejemos;-@s ali presentes irromperam em aplausos que se davam @s uns contra @s outr@s com pequenos estalos que acalmavam o ambiente-

Mau se visualizava uma minúscula linha que ia da grade principal à  mansão,se traçava ao andar para ela,era pequena mas formava caminho,que posteriormente desapareceria quando acabava-se a reta que chegava à casa,mas depois seria outra vez caminho,e mais comprimentado,eraà volta do andado,por efeito do se ver partir do detestavel dessa horrível estadia,do manejo das almas cobiçosas,que se achavam na imensa mansão rodeada de um florido pomar.

Ia Oryctolagus entrando na razão do sumiso dinheiro,seus ares,gestos e impropérios passavam a um tom mais diplomático.Mas agora lhe tocava o turno ao anfitrião,Felis Concolor Browni, mais conhecido por sua alcunha "O Puma",o rei dos magnatas das indústrias cinematográficas do momento:

-A ponto estive de atirar teu corpo aos lagartos que vigiam este grande museu da ciência do teatro,esta mansão do espetáculo,esta fazenda generosa com quem cala e bem cumpre seu papel,mas decidim-che dar uma oportunidade,vais representar-nos aqui uma tragicomedia,uma súplica jocosa e artística,sublime,da que dependerá tua vida,e se não...em fim,já to disse ao princípio,o réptil comer-te-á.

Fora do perímetro da mansão, a escassos quinhentos metros, concentrava-se a conspiração,os condors californiãos que estavam em perigo de extinção se iam pouco a pouco recuperando,de fato andavam brigadas por todos os lugares,lá onde a cobiça se acumulasse,a carniça devia ser eliminada por todos os confines da terra,¡iam a cada vez mais aumentando em quantidade!,¡agrupavam-se!,emitindo sons guturales,indescifraveis, e mudando-lhes o tom da pele,agitavam as asas como esperando uma sinal:Gymnogyps XXXVII era a diretora de orquestra,loitadora infatigavel,levava uma cana de bambu,a modo de vara que desse o sinal,enquanto,retinha os impulsos de se alçar ao vento de suas e seus congéneres revolucionári@s.

Oryctolagus gritava -piedade!,o suplico!-,e dançava cómicas baladas de opereta e morte dando piruetas com dous guizos nas orelhas,fazendo cruzes com os dedos opostos de seus patas,fazia-se nodos sensuales em sua bicha,enquanto suplicava entre cena e cena,clemência!,Ah!,agora sim que lhe saía ao infeliz coelho a arte!.

A cana de bambu orquestou e alçaram-se @s Condors ao imenso furor do benaventurado oceano,ao ar piedoso,e deixaram-se levar pela generosidade do vento,aliado com @s oprimid@s,filho sábio da Natureza,que espalha as sementes do fruto,de um lado a outro,em suas justas recompensas.

Suas comprimentas e largas asas ao abrir-se e bater umas com outras davam lugar à noite mais escura,pouco a pouco se iam abrindo pequenos claros, de guerreir@s abated,@s em seu voo pelos lagartos que vigiavam o perímetro da ampla fazenda,mas seguiram seu voo e devoraram toda a maldade que ali se tinha fundado.


xurxo fernandez gonzalez