viernes, 14 de junio de 2013

A EPÍSTOLA DA PASTORA




Olá minha Sereinha:

 
Escrevo-te desde esta cela onde me obriga assim o delinquente que eu permaneça:

 
Renascerá o valor com tua própria decisão,já que deve ser esta rebeldia mais forte que a própria traição do desleixo,se o impulso é tão vital como o da rosa que para florescer  não pode eleger o vale.Eu em minhas mãos abotoo,ti ja sabes!;  eu, fecho e abro  a cremalheira da ilusão duma cartucheira cheia de floridos lápis  sensuais, que consigam a melhor definição do que é para mim sentir o apoio de tantas pessoas que lá fora permanecem.Tuas cálidas curvas giram na minha mente misturadas com visiões de placenteras encrucilhadas com saida ao mar.Porém, todo isto numa atração que sempre deve levar a inquebrantável decisão de não retroceder na grande avenida do conhecemento.Chegar dentro de ti, no desenho de  tuas curvas e oitras florescências, com o prazer das sabias recomendações das  noites dos tempos epicúreos.De teu aroma recordo eu que foi o que me inspirou a mais terna candura para cantar  sem ter voz.¿Porquê esse temor a receber um não, que não se sabe nunca se em verdade é de modo que diz que não?.¿Era talvez a pergunta desejável?. Eu não estou na procura contigo destas questiãos tão religiosas.¿Não é melhor deixar-se levar por saborear o fruto sem pedir permissão à  terra para que nos deleite com o suco que refresca?.

Agora vou descansar,como David quando matou a Goliat.

Sem importar nada mais que o espírito rebelde seja conciliado pelo saber,e dar  uma oportunidade ao mesmo tempo os nossos corpos na fantasia do prazer do suave roçe, sem destacar nossos erros naturais de tantas formas artificiais de dúvidas razoáveis que nos assaltam por culpa da paisagem que compôs o opresor.Bem!...,Em fim!...sem mais, despede-se quem já sabes, a pastora, quem vilmente foi sequestrada por seus cánticos bucólicos e na contramão do regime.

 
xurx@erencia

 
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