CAPITULO X À OGRESSA ACURANATAK GOSTA-LHE MUITO O HIDRO-MEL
Quinze dias com suas quinze noites de reunião jocosa
-Nossa missão consiste em dar com o espírito de nossas guerreiras e
guerreiros que foram até aqui conduzidos...
-Bem, não é exactamente que até aqui chegassem-interrompe aceleradamente
Jonás a Hemérito VI-, se trata de uma crença... -Uma crença ou não, o caso é que estamos aqui
-interrompe airadamente Hemérito VI a Jonás- para demonstrar ou não se isto
assim ocorreu
Tirando a Minurl (o cão de Balliulka que presumia de não ter um nome
próprio, pois assegurava que todos os cães de Balhiulka atendiam pelo mesmo
nome, isto é “Cães de Balhiulka) ,nome que lhe pusesse a ninfa
Rosemeriamli ao cánido, as e os demais
gostavam muito do hidro-mel, ainda que umas e uns mais que outros e outras.
-Do que sim se sabe a ciência certa é de que até aqui chegaram deusas e
deuses.
-¿E porquê sabe-se cientificamente isso?-interrompe ansiosamente Rosemeramli
a Jonás-
Jonás, Hemérito VI e a ninfa Rosemeriamli pertenciam a esse grupo que faziam
um uso moderado do hidro-mel, para deixar que o pensamento flua pelo hábito da
pesquisa e não das falsas emoções. Falavam assim, ao redor de uma fogueira
junto a alguns marinheiros e camponesas, baixo a mirada atenta de Minurl, que
permanecia com as patas afundadas na terra ao lado da ninfa Rosemeriamli...;
ninfa de de trenças douradas que lhe chegavam até os tornozelos e com pecas
aromáticas dispersas entre os poros mais genuínos de sua pele, conhecedora da
arte das línguas e interpretações.
-Porque é algo que é tal sua evidência que não precisa ser demostrável,
claro é -responde Jonás-
-Eu mais bem inclino-me a pensar que é porque alguém de vosso reino- fala
agora Rosemeriamli enquanto joga com um pau fazendo cicatrices na pálida areia-
ou de algum outro reino próximo sabe da existência de deusas e deuses na ilha,
porque alguém até aqui tem chegado e assim o viu e o deixou refletido.
-De onde vimos não é um reino isso, senão uma república-dizia agora
Hemérito VI-Bem..., isto é..., dizer, Rosemeriamli que..., o que teu mencionas
é falar das sagradas escrituras
-¿Sagradas escrituras?, ¿república?
Até agora ouvisse e lesse coisas de reinos e livros de viagens..., mas isto que
comentais é novo para mim. Qual é o significado destas dois coisas? –pegunta
assombrada Rosemeriamli
- A sagrada escritura é o livro da ciência e a república é como um reino
mas sem rainhas nem reis –contesta Jonás.
Próximo deste grupo achava-se a ogressa Acuranatak que bebia sem parar.
Apanhava as ánforas maiores com um sozinho braço enquanto avivava o fogo de
umas fogueiras e sobre elas saltava, ou dispunha as brasas das outras de tal
maneira que sobre elas andava, ao mesmo tempo que desafiava a camponesas e
marinheiros para ver quem a ela superava em tais disposições atléticas,
animando às e os assistentes a combater contra ela.
-Vocês, ninfas e elfos não podeis neste jogo inter-atuar. É o inconveniente
de poder voar. Não poder participar nos jogos de um olimpo tão singular -dizia
assim a ogressa Acuranatak, enquanto batia com seus pés a areia e fazia tremer
a terra
- Olhem como se diverte a ogressa
Acuranatak? –dizia um dos marinheiros do grupo de Rosemeriamli
- Tanto tempo no fundo marinho que
adora as fogueiras!- atinava outro dos marinheiros do grupo de Rosemeriamli
- E ao hidro-mel! -apontilhava assim uma das camponesas do grupo de
Rosemeriamli
- E também está este outro que é
muito divertido! dizia assim e agora a ogressa Acuranatak, enquanto com uma
fina e alongada cana de bambú dedicava-se a fazer traços contínuos e simétricos
de perpendiculares e paralelas, formando como pequenas casinhas parceladas, às
quais ia pulando de uma a outra. Aterrava numa e bebia da ánfora da que não se
derramava nem uma gota.
- É de um espírito bonacheirão e alegre- dizia uma das camponesa do grupo
de Rosemeriamli
- Seus jogos são muito infantis!, extraordinariamente
naturais e sem vínculos morais! - dizia outra das camponesas do grupo de
Rosemeriamli
- Se leva muito bem com as criaturas mais débis, com as mais pequenas e com
quem a mais complicada idade também- dizia outro dos marinheiros do grupo de
Rosemeriamli
-É fácil adivinhar que quem se leva bem com as pessoas mais pequenas em
idade se leve bem com as mais velhas, pois são a mesma coisa...- dizia Hemérito
VI do grupo de Rosemeriamli
Quando de tudo isto se cansava, de todos estes jogos que aprendesse das e dos
humanos, e vendo que não tinha rival para ela, se punha a dançar dando voltadas
sobre se mesma, bebendo grandes sorvos intermitentes de hidro-mel dos grandes
recipientes sem cair ao solo uma sozinha gota.
-Por conseguinte, -continuava a falar Rosemeriamli do grupo de
Rosemeriamli- e como dantes dizia, eu mais bem me inclino a pensar que pelo que
vossas vizinhas e vizinhos dessa república, as e os quais tomaram o acordo de
trazer-vos até aqui dizem saber agora
que é a ciência certa o fato de que até
aqui chegaram deusas e deuses convertedos em animais da criação, não seja tal
qual por outra coisa que porque alguém
de vosso reino, ou melhor dito república, ou de algum outro reino ou república
vizinha sabe da existência de deusas nestas ilhas, porque alguém até aqui tem
chegado, ou ele ou ela mesma e assim o
viu e o deixou refletido.
-Ainda que teu razonamento descanse nos bons enxergões da boa lógica não
deves te achar que é o único razonamento possível nem o verdadeiro -assegurava ,
de modo cortante Jonás, do grupo de Rosemeriamli
Agora Acuranatak, que estava sentada numa rocha, com os braços caídos como
dois trozos de chumbo sujeitos a um grosso sedal e os olhos mais apagados que
de costume. Olhava com ar de melancolia ao grupo de Rosemeriamli, como se ali
tivesse algo que ela sabia ou achasse que não ia poder voltar a encontrar nunca
mais. Duvidou um momento, levantou-se e
com passo lento dirigia-se agora até onde estavam. Um grupo de meninas e
meninos, como quase sempre sucedia onde estava ela lhe seguiam, atirando de
suas peles de foca e baleia
-Ninguém o disse...Eu só disse eu creio -contestava Rosemeriamli à interpelação
de Jonás
- E para que tudo isto?, Jonás e eu
estamos aqui e já está! ¡Isso é o que importa! Formou-se um comité de estudosos
do tema. Nossa missão é a de chegar ao espírito de nossas guerreiras e
guerreiros que fruto de um vento encolerizado desapareceram.... Homens e
mulheres que lutavam na batalha que confrontava na cidade de as Bestas
Sagradas, na república de Gotagma, desde onde Jonás e eu vimos, a dois clãs
diferentes, agora unidos pela mesma causa. Um é o Clã do Burro Nicafor, de onde eu, Hemérito VI
venho, e outro o de Pruseima a Cierva de onde prové Jonás. Devemos pois, indagar
sobre nossas guerreiras ou guerreiros e sobre o mistério destas ilhas. Sejam ou
não demostrávels os fatos que sem nenhum nível de dúvida nossas e nossos
letrados conferem às sagradas escrituras nossa missão é algo para se sentir
orgulhosos. Devo reconhecer que eu ao princípio era bem mais receoso que Jonás
de tudo isto. Sem deixar-me levar-me lugar a enganos compreendi ao momento, igual que meu colega, que esta missão seria o
final de nossos dias, mas quando agora podemos dizer que não é assim nossa inclinação,
ou pelo menos a minha, já que é de mim de quem realmente eu posso dizer e não
do outro... Ah!, ¡que maravilhoso adivinhar que há coisas verdadeiras nas
sagradas escrituras!
-Bom, pois, a verdade.. ...por minha
parte...Eu, Jonás..., bem expressado, meu amigo Hemérito VI!, cacique em terras
de Vistrikam, a hoje cidade das Bestas Sagradas
- Iamos pois ao prático!. É necessário falar com estes espíritos de
guerreiros e guerreiras que em cima de nossas cabeças se apresentam em
elipse.-sentenciava categoricamente Rosemeriamli
Acuranatak, a ogressa chegava agora até o grupo de Rosemeriamli. Meninos e
meninas, idosos e ninfas, elfos e idosas seguiam-lhe, bem como outros e outras
jovens camponesas e marinheiros atléticos. Dando-se perfeita conta do que ali
estavam a falar, a ogressa lançou gritos
para as capas mais baixas do céu, onde os espíritos das e os guerreiros, que saíssem dos mouchos e corvas e corvos
disecados após que as gaiolas explodissem,
se dispunham entrelaçados e em elípticas trajectórias acompasadas que formavam
um tudo. Eram tais espíritos um coro de aproximações homogêneas de forças
ocultas que parecesse que se elevassem, como se fossem pequenas divinidades gasosas
afetadas pelas mudanças de densidade, pelo efeito da pressão e temperatura terrestre. Algumas destas forças
ocultas que habitavam nos espíritos das guerreiras e guerreiros se escapavam do
círculo primário numa espécie de suave torvelinho que descia um breve espaço de
tempo, para depois desde esta viagem intimista e de tendência libertária voltar
ao eixo principal do círculo primário. Tratava-se pois de colunas de ar que
brotavam em posição vertical e se perdiam
ao deixar um leve rastro de invocação revolucionária. Um suspiro pois,
de torvelinhas aclamações quase indescifrávels. Algumas ninfas e elfos voando
tentavam-se acercar a estes espíritos de guerreiros e guerreiras, mas quando
parecia que estavam para perto de elas e eles um estrondo gélido se apoderava
dessa parte celestial e se produzia um vento furacanado que devolvia a elfos e
ninfas à terra. As invocações da ogressa Acuranatak tampouco eram mais
afortunadas, chegados no ponto de que muitas delas rematavam em tremendos aguaceiros.
- Oh!, Acuranatak!. loados sejam teus esforços! –gritava uma camponesa
- Milagre!..., Acuranatak, ela
é...., ela é quem traz o água do céu- gritava um marinheiro
-Bem, a verdade...é que..., a verdade é que não era esta minha intenção, e
nem sequer sê se é casualidade o do água do céu-contestava inocentemente a ogressa,
enquanto bebia um longo engolo de hidro-mel
- Temos que nos comunicar com elas e
eles! São quem para valer podem guiar-nos até Tualba- dizia Minurl, o cão de
Balhiulka, que agora se erguia, como se
saísse de um letargo
- Sim!, e assim Hemérito VI e eu saber se entre elas e eles estão as e os
que procuramos
-Bom, hoje é o decimoquinto dia das jornadas de júbilo.-dizia agora em tom
reflexivo a ninfa Rosemeriamli- A partir
de agora devemos ir com mais cuidado com os excessos. Tenho um pressentimento.
Se acerca Horrintae!.
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