martes, 20 de marzo de 2012

O tempo parece que se detém

As casas dispostas perpendicularmente alçadas
subindo o caminho cheio de curvas proporcionadas,
seus vãos insinuan os segredos de suas gentes,
e mandam mensagens em destellos resplandecentes
às barcas que no fundo da pendente
habitam nas águas saladas,
e do fundo marinho se precipita
o calor que se condensa,
enquanto as nuvens ao céu oferecem
cristais de gelo que emergem.

Ascendia a mulher o caminho que se insinuava
batendo seus pés o pó da terra,
e se elevavam assim suas partículas
que se aderiam a sua saia arremolinada
enquanto de sua frente gotas de suor brotavam
que desciam lentamente e em chorro prendadas.

Um cão labrador aparece,de larga calavera,
branco muito branco com seu matiz de canela
de orelhas abundantes e simpáticas colgaderas,
com sua cauda ampla que na ponta se estreita,
balanceandose ao ritmo do traçado que descende a ladeira.

A mulher e o cão contemplam a posta de Sol,
o dia despede-se,lá pelo horizonte afasta-se,
agora vão já para casa,
ambos estão a compartilhar esse momento em paz,
em completo silêncio,com a mirada fixa no para além.

e o tempo parece que se detém,
devagar,
como se fosse uma lembrança
que retém o momento um instante,
seguro de não o ter vivido jamais em tua mente.

_xurxo fernandez gonzalez_