viernes, 12 de octubre de 2012

FORÇAS TELÚRICAS REGENERADORAS


-Verá você, minha própria experiência me serve para poder afirmar que sim, que é
verdadeiro o que eu lhe digo, as coisas da mais fácil resolução podem chegar a ser as
mais difíceis de execução para segundo seja que pessoa, e sua vice-versa…
Ao mesmo tempo em que ia falando, sentada na cadeira de escritório, a Luzia tremiamlhe
os pés, pareciam dois baquetas que quisessem perfurar a terra. O ruído do velho
ventilador que estava fixado no teto parecia o de um estranho helicóptero com aspas em
forma de uma acelerada fouce, girando sem parar, presuroso bicho voador que quer
acabar de segar a erva que simula flutuar no ar. Em realidade, esta descrição do
aparelho refrigerador fizesse-a num dia Luzia nessa mesma habitação, uma das
dependências de um manicómio em Austrália.
Agora, o psiquiatra, que andava de um lado a outro pelo território de seu escritório pega
uma lupa de proporções consideráveis e em gesto encorvado procura algo com ela.
Enquanto, um pequeno macaco de descendentes Gibraltarenhxs que respondia pelo
nome de Picachus se introduzia numa caixa aberta de sapatos que permanecia numa
mísula cheia de livros; trinta e dois em total, com setecentas trinta e três páginas o tomo
um, o tomo dois com setecentas trinta e quatro, e assim sucessivamente…; todo
controlado, todo medido. E todos os livros levavam o mesmo título e estavam assinados
pelo mesmo autor: Demetrio Linares, pesquisador dos problemas das gentes mentais, o
chefe do diminuto escritório, que agora dirigia a lupa para o chão e seguia o rastro
dasformigas.Picachus estava agora comendo um anaco de bolo que arrancasse de seu
epicentro, lá onde se divisava uma das quatro esquinas da diminuta sala,coberta em sua
parte mais baixa por um condensamento de uma grande substância de várias partes que
compunham um tudo, uma combinação pegajosa de doces de crema e merengue. As
formigas iam e vinham; enquanto Demetrio ao mesmo tempo que o macaco sorria
limpando-se as mãos com as badanas laterais da caixa e Luzia cantava uma canção que
falava da Natureza. Assentia ele com a cabeça, e a viva voz enfatizava o estado ao que
lhe levavam suas pesquisas:
-¿Vê-lo?,esta vida tão corta de formiga, que parece que se não pensa é porque prefere
obedecer a uma sozinha dicção, a que corresponde a sua pequena corpulência e
inconsciente cabeçuneria, que a força de uma estúpida intuición de fé cega e obediência
a sua ser esclavizadx, complica sua existência, quando mais fácil seria tentar se esforçar
em mudar de tamanho e razão,… se não,¿que é outra coisa a vida mas que uma tentativa
de superação por muito curta que esta seja e pouco entendivel à razão humana?
O recinto encontrava-se cerca de uma zona residencial na que xs cangurus conviviam
com as pessoas nos hábitos mais comuns que pudessem unir a ambas as duas espécies,
como o de capturar outras famílias de géneros diversos de outras linhagens mais
humildes, coelhos e lebres…; capturavam estes animais os cangurus, que
compartilhavam o banquete com xs humanxs, que na mudança lhes deixavam conduzir
seus carros desportivos…;mas isto pertence a outro conto, e quero me cingir eu ao que
quero tratar.
Agora nossa querida…,a que creio eu que podemos considerar como nossa amiga
Luzia, se encontrava mais serena uma vez que entendeu ao ver a Picachus que esse
macaco estava aí para dar confiança. Suas pernas deixaram de martelar e esticaram-se
como se fossem dous tubos cilíndricos de uma enorme motocicleta que tendiam a se
inclinar para abaixo. Entrava e saía Luzia do centro psiquiátrico, um ir e voltar num
peregrinar de dois ou três vezes ao ano em períodos de uns quinze dias. Era muito
afortunada, pois vivia com sua mãe numa granja onde abundavam os faisãos. Demetrio
Linares, num acto de desvanecimento emocional encomiavel, o emérito da arte da
curativa das artes mentais, pegou uma guitarra e pôs-se a tirar notas desacompasadas e
estridentes,subido ao alto da mesa escritorio.
Como dizia, mantinha já um espírito mais relajado Luzia. Estava tão relajada que
acendeu estopim a um enorme petardo que tinha pendurado na parede. O ruído foi
brutal,o macaco saltou pelo ar numa série de cabriolas histéricas, e acabou agarrando-se
à cabeça de Demetrio para assim se proteger. Agora Luzia pegava um dos tomos da
obra do psiquiatra e se sobe também à mesa do escritorio, mas de joelhos, para assim
não colar com o ventilador. Com a mão direita agarra o livro, com a esquerda faz
figurações de aspas de moinho, com a razão lê e com a boca cuspe e grita:
-”É pois com a intenção que nasce de que uma coisa leva à outra para que assim se
disponha o tudo sem chegar ao final do caminho o de saber dele praticamente
nada,porque a vida apesar de ser longa é curta. Por isso se desenha a obra nuns capítulos
com seus diversos títulos e em seus tomos, para dar maior sensação de humanidade,
pois não somos máquinas quem escrevemos e nos espera depois do dia a noite, por isso
daí os capítulos com seus títulos.Um respiro e um pouco de acalma precisa-se para
mudar de registo, ainda que sabe-se a a ciência verdadeira que disso não depende a arte
da palavra, já seja escrita ou oral, pois não precisa mais que se lhe reconheça sua
naturalidade inocente e filosófica”
Demetrio Linares era filho de andaluces, de Sevilha,.Foi-se com catorze anos a
Madri,onde esteve deambulando pelas ruas, dormindo onde o frio acompanha à solidão,
aprendendo das sábias e pacientes disposições de xs mais pobres. No Retiro chegou a
ser bastante conhecido por seus vehementes soliloquios, que num princípio pareciam as
palavras de um pobre e desafortunado moço desarrapado, tocado pela arte da oratoria,
presa do mal-estar e as carências, produto de uma existência física e psíquica
desafortunada. Mas cedo viu-se, e um pouco mais tarde, que algo mais tinha de nobre
sabedoria, interpretada na orquestação de um conjunto natural, onde ele, como a si
mesmo se referia, em fragmentos sacados de seu lírica :
- “eu fui chamado pelo vento que se escapa ao ser tocado pela boca de uma complexa
flauta azarosa, para dar de beber ao rio da vida. Tão grande empresa só pode avariar
minha resistência ao não se aderir bem as partes que a compõem. O estado sólido, o
líquido e o gaseoso são a mesma substância como eu de vós. Esse é o ponto de partida
no qual…”-O certo era que lhe saíam as palavras e não podia as parar. É mais, com
catorze anos dava-se perfeitamente conta de que o pior de tudo seria parar, ou ir por
outro caminho-.
Num dia de tarde cinza e aciaga luz choviznada estava a ajudar a um cão de águas a
sacar a pata esquerda dumesgoto quando lhe entrou um raio onírico no cráneo e teve
que expulsar de novo seu fogo salvador, e gritou:
“sonha o rei que é rei, e vive
com este engano mandando,
dispondo e governando;
e este aplauso, que recebe
prestado, no vento escreve,
e em cinzas lhe converte
a morte, ¡infortúnio forte!
¿Que há quem tente reinar,
vendo que tem de acordar
no sonho da morte?
Sonha o rico em sua riqueza,
que mais cuidados lhe oferece;
sonha o pobre que padece
sua miséria e sua pobreza;
sonha o que a medrar começa,
sonha o que afana e pretende,
sonha o que agravia e ofende,
e no mundo, em conclusão,
todos sonham o que são,
ainda que nenhum o entende
Eu sonho que estou aqui
destas prisões carregado,
e sonhei que em outro estado
mais lisonjero me vi.
¿Que é a vida? Um frenesí.
¿Que é a vida? Uma ilusão,
uma sombra, uma ficção,
e o maior bem é pequeno:
que toda a vida é sonho,
e os sonhos, sonhos são.
Um grupo de mulheres e homens de aspecto descuidado e com pirilampos nos
olhos,arquejantes em espasmos e que levavam sombreiros de papel enrrugados, ao ver
assim ouvir a Demetrio se acercam a ele, e diz uma das mulheres, ao mesmo tempo em
que salta como se fosse de prazer:
-Mas…,se é Demetrio, o do Retiro,…assim que…¡também lês a Calderón da Barca!
Ele lhes assegurava que não tinha jamais lido nada em sua vida, que foi uma voz
interior.
A partir deste último acontecimento começou a devorar livros,…a lê-los,…
¡Naturalmente!
Se alguém quer fazer dano a outra pessoa o faz e já está. Luzia vivia em Alice Spirngs,
possuía a arte da adivinatoria ancestral. Quer isto decir que cheirava uma folha e ao
pouco tempo sabia nos dizer toda sua árvore genealógica. Esta dote não a podia
desenvolver com lxs de natureza humana, pouco com lxs demais animais,
aceptablementecom o mundo mineral e quase um sobresalienta quando se tratava de
plantas. Olhava um vegetal qualquer, por exemplo, um tulipán, e seus olhos
desbordaban ou um são calor que enfeitiçava à flor, que assim se via rendida a seus pés
e descobria sua linhagem. Era alta e cheirava como os eucaliptos, mas o contacto
humano o tentava esquivar, para permanecer pura num mundo interior que a levava em
leves suspiros da alegre devoção à mais das mais das tristes amarguras.
Alice Spirngs, uma cidade situada no centro de Austrália, no meio do deserto. pomoslhe
um desses pontos vermelhos no mapa para sinalizar a ela ,parece como se fosse a
cabeça de uma piolés, que serve de eixo central a um cata-vento de brinquedo isolada,
que compreende que pode girar. Esse alguém que nascia para fazer dano, entrava e saía
em aintimidai de Luzia desde fazia já uns oito anos atrás, a acusando de fatos que não
tinha cometido. Acossando a sua mente apresentavam-se quem contra ela conspiravam,
vozes internas da consciência avariada pela solidão na desgraça humana, num mundo de
enfermiçxs depredadorxs. Mas ela era capaz de reter o espírito da bondade e dialogar
com as borboletas, que vinham a oferecer um novo amor, porque sua ânsia de um
mundo melhor assim lho ditava. Quando sentia que suas forças se iam apagando
sobresaia sua eloquência:
Vêm a oferecer-me algo;
,e se assim não for…; ¿que mais dá?,
Na ombreira de minhas necessidades
Está o facto informe de uma ilusão,
Que se se desvanece aparecem montados
A cavalo os traidores de minha própria estima.
Não quero me sentir sozinha, senão fugitiva
De um mundo cruel que me vigia”.
Monte Uluru, lugar sagrado para os aborígenes de Austrália. Bem pode parecer por seu
aspecto rocoso, largo e aplanado o sonho em repouso de um imenso animal placentario
cuja pele muda de cor segundo seja a inclinação do faz de luz, ou raio solar. Este
monolito, que asi parece descansar, encerra o segredo do tempo dos sonhos, da criação,
onde seres mitológico criaram o mundo a partir dos sonhos, ao acordar de um mundo
onírico se criou a terra e se deixaram diseminadas diferentes simbologias das que se
deduzem as leis e costumes sociais.Em meados do século XIX foram os ingleses quem
ocuparam essas terras da parte central de Austrália. Com o passo dos anos fundaram-se
entre outras coisas manicómios e lugares para beber álcool, ainda que é aqui que
aconteceu que primeiro foi o segundo e segundo o primeiro, pois a causa produz um
efeito, e anterior é o incitamento ao abandono e desespero da falsa medicina anestésica
e etílica, que leva à violência e degeneração, à falta de compromisso, à violência, a
estados inquietos e aturdidos do espaço mental e sensitivo, usados depois num hipócrita
jogo de pessoas e sensibilidades desarraigadas que precisam do amparo por instituições
do estado como benfeitor: assim são por exemplo os cárceres ou os manicómios No
primeiro ano do século XXI estava Demetrio num dia do calendário otounal em
Montejo da serra, recolhendo cogumelos na Serra de Ayllón, no bosque, no Hayedo de
Montejo, emboscado nas sombras que se formam nas ladeiras da colina, entre tenhas
centenarias e outras árvores como os aveleiros, azevinhos, serbais ou urzes, ali onde
habitam os cor´ços, javalies, o gato montés ou a fuinha, entre outrxs. De repente ouviu
um som que parecia proceder de outro tempo, era a voz de algo ancestral, meditativo,
que retumbava fortemente em seu cérebro. Era o som de um didgerido, conhecido por
xs nativxs aborigenes de Austrália com os nomes de yidaki, ginjungarg, eboro...Era uma
extraña força telepática, que emanava de uma energia que navegava num eterno tronco
oco de eucalipto. A força vital interior do som natural vibrava pelo roce dos lábios de
gentes nativas. Demetrio compreendeu ao momento do que se tratava e voou a
Austrália,até Alice Springs.
-Bem querida, colega, baixemos-nos da mesa se parece-te. Como vês, as coisas
começam a mudar neste psiquiátrico .O primeiro que creio se deve fazer pelo bem
comum é …; mas…¡espera um momento!.-E enquanto isto ia dizendo, e estando
sentada Luzia em frente a ele seguia falando Demetrio. -Assim, como dizia, devemos de
entender…¿eh?..., qual é esse bem comum, a felicidade, naturalmente. A partir daí
estamos supeditados ao recto exercício da ciência, e dentro dela da mecânica cuántica
que…¿eh?...¡Ah!...¡soa-me o telefone!,vão de menos a mais suas ondas, agora começa a
ser nítida sua frequência, frequência,¡olha como vibra!…
¿vê-lo?.-Alguém se estava a querer comunicar com Demetrio, o telefone estava
configurado para que vibrase quando alguém lhe chamasse, mas o curioso era que
quanto mais importante fosse o telefonema mais aullaba o condenado Mobil. Foi assim
tal que saiu de seu bolsillo brincando para dar no solo, do no solo, onde ainda se resistia
e seguia ali dando pequenos saltitos de auxilio-.
-¿vês como salta a impaciência?,¿ou será certamente a necessidade imperiosa?,em
realidade estas dúvidas não são mais que probabilidades de um exercício cuántico em
onde a energia se mostra mais ou menos abrasadora segundo seja o desprendimiento do
calor…
-Acho que o melhor é que respondas ao telefone, então…,já que se é um telefonema tão
importante, tão relevante para um algo tão delirante,-lhe diz Luzia, com os pés cruzados
e elevadamente apoiados na mesa escritorio-.
Está bem, a ver de quem se trata,…Ah…Sim!...é para ti…estava a imaginálo!...
Picachus!
Picachus!…verás!,…é que hoje o macaco cumpre mês, e todos os dias últimos de mês
que se mostram vencidos convido eu ao macaco a tomar pasteles, e recebe alguma que
outra felicitación via @mail ou telefónica,…neste caso.¿Dás-te conta?,a imperiosa
necessidade era a de felicitar a Picachus…,teu estás aqui porque estou segura
que o entendes, e porque falas com as plantas.
-Em realidade se que são muitos as mudanças que parece que por aqui estão a
ocorrer,do qual me alegro.-Assim dizia agora Luzia enquanto o macaco gritava de
prazer ao ver refletido no Mobil o amor da macaca mais fiel-.São muitas mudanças em
tão curto espaço de tempo.
Mas já era hora de que o sistema carcelario deste manicomio
começasse a se derrubar. Estes últimos sete meses que levaram ao fechamento
temporário desta instituição, foram paralelos ao desejo de um mundo melhor em bem da
mentalidade universal. Enquanto recebia as notícias desde a granja onde vivo com
minha querida mãe
:¡Un grupo de insurrectxs ocupam o manicomio de Alice Sping!. Bem, vou entendendo
pois de que se trata, do mundo da telepatía e sua regeneração como fonte de vida.
Xs médicxs que aqui tinha eram bastante crueis, pois só te ofereciam pastilhas e correias
de sujeção. Mas chegou a Alice Spring a revolução, neste ano de 2023.
Demetrio põe-se agora de joelhos, na fria lousa branca que cobre o solo, manchado de
diferentes tonalidades de cores combinadas em reflejos apagados, e argumenta:
-A energia que abrasa num coração que frio ficou num mundo de desolação,essa energia
positiva transmitir-se-á pura, quando se acabe com a tirania, é só aí quando a
verdadeira evolução humana dará um giro para o mundo das aves e sua trino. As
magnitudes de energia que o cérebro de xs humanxs seja capaz de produzir irão
directamente proporcionais em seu aumento, segundo seja a cada vez mais claro o
compromisso que também sucederá assim em progressão. A verdadeira revolução pelas
igualdades sociais, é também a que inicie a outra ainda mais importante, a do cérebro.
-Agora Luzia se levanta da cadeira e se acerca a uma janela que tinha a persiana alçada
a média altura, a eleva de todo e abre o vão que deixa entrar a luz solar, e de costas a
Demetrio, alça a voz e os braços com os punhos fechados:
Eu repto a quem queira não ver
Quando a imensidão se apresenta;
¡Mas sem armas!,
Com a força das folhas que batem agora
E me presagian um novo caminho.
Até que a gota que nos refresca
Chegue por fim até o chão redimida,
para beber de prazer no vidro que nos sustenta.
De repente, uma garrafa de champán que tinha no alféizar da janela que permanecia
aberta, se descortiçou sozinha, e brindaram xs três.
Chegasse pois Demetrio Linares desde Madri a Alice Spring no ano 2000, seduzido por
um sinal que parecia proceder de outro tempo, era a voz de algo ancestral,meditativo,
que retumbava fuertemente em seu cérebro, o eco telepático de um canalizado som de
primigenio reverberamento, que aparece plácido nos matizes do verde natural e sai
impulsionado, pelo vento em reclamo interior do mais tradicional de xs humanxs
encantamentos, que com seus lábios sela um triunfal acompasamento no resurgir de
espectral cenário em que suas atrizes e atores levitam de prazer no meditado e agreste.
Viveu durante vinte anos com nativxs da tribo dos Arrente, lá onde A Cordilheira
MacDonnell ,que se estende deste a oeste de Alice Springs.Cerca do monte Ziel, onde
xs nativxs lhe explicaram que é o que ocorria em Pine Gap, onde se encontra uma base
militar subterrânea estadounidense, centro de comando do sistema de defesa antimisiles,
com seguimientos por satélite de seus bombardeiros.Experimentos em zonas telúricas
da terra onde a energia eléctrica está baixo o abrigo de um amplo poder magnético.
Marco incomparável para o espírito que rodeia às almas inquietas e telepáticas.
Ali, junto axs desta tribo iniciou-se na meditação,carregado de energia positiva
conectou com a gente que possuía poderes sensoriales extralimitados, como era o caso
de Luzia, que se comunicava com as plantas. No ano 2020 foi viver-se à cidade de Alice
Spring e uniu-se com os sectores mais revolucionári@s que agora começavam a ocupar
as zonas que dantes eram governadas pelo Estado, como eram as instituições sanitárias,
onde as pessoas. Guiadas por camaradas comprometidxs entraram e ocuparam os
hospitais para autogestionarlxs,pois a usura capitalista estava a cada vez fazendo mais
difícil a sostenibilidadE de um sistema que a cada vez ia mais em declive. Até Alice
Spring chegou com Niamara Namatjira, nativa da tribo com a que se comunicasse
telepáticamente quando estava em Madri e decidisse assim voar a Alice Spring, quando
escutasse o som do vento interior da mulher impulsionado pelo yidaki oco de madeira
de eucalipto. Ao final terminaram xs dois unidos num amor de renovadora energia.
Celebraram pois com Champán, Picachus, Luzia e Demetrio a chegada de um novo dia
que parecia querer.Sabedora agora ela das intenções de Demetrio e xs forjadorxs
libertarixs, as de unir a energia de quem sensivelmente se deslizam na terra, deseosxs de
combater por um novo dia, brindaram mais e mais. Agora ela se dava conta de que seus
poderes foram nela ancoradxs para guiar às pessoas a um novo amanhecer, contribuindo
seu grão de areia, num telúrico deserto do que brota o água que atrai ao raio espectral.

                                                             FIM

xurxo fernandez gonzalez