Subiram os degraus das escadas de três em três, eram doze,
subiram doze as escadas de três em três. Eram vinte e oito degraus .Parece que
ninguém o viu,mas há quem diz que se puderam oir as pegadas, que se gravaram,todas
em harmonia, com microfones ocultos, e que ao chegar à nona teve uma
interrupção, que faltava um degrau ao final para subir,e quem sabe o que aí
mais aconteceu.
Ao acabar de falar, a sombra pequena recobrou um pouco a
imagem de uma anterior vivida nitidez, de uma vida própria, e podia-se observar
certos rasgos que induzem a pensar que se pudesse tratar de alguém conhecido no
círculo privado de sombra grande.Mas isto são suposições. Quiçá fique-lhe melhor o de
pesquisador sem título académico. Agora era ele quem fazia uso da palavra:
-¡Bem!, dizes que não há testemunhas oculares, mas com
respeito a quem dizem que sim puderam ouvir, há também outras coisas mais
importantes e curiosas gravadas, como a de que o que realmente escoitou-se foi coma
um berro. “subiremos de três em três, e como treze somos, tu ficarás abaixo,
patinho feio”.Estranha coisa, mas por gravado isso também está .Mas, deixemos-nos
já de suposições. Foi patinho feio quem cuspiu ao Presidente da Gobernação e
não o ministro de Finanças, ainda que sim com seu patrocínio.
Desde que não se permitem jornalistas nem outra
qualquer pessoa perto de um político ou
uma política, que não esteja convenientemente acreditada sua identidade,
costumam suceder mais este tipo de acusações entre estas e estes, entre umas e
outros e as outras e os uns e os uns e os outros e as outras e as umas.
Ao acabar de falar, a sombra grande recobrou um pouco a
imagem de uma anterior vivida nitidez, de uma vida própria, e podia-se observar
certos rasgos que induzem a pensar que se pudesse tratar de algum magnata, de
alguém poderoso, mas isto são suposições. Quiçá fique-lhe melhor o de pesquisador
sem título nobiliário.
Uma esfera no ar ia-se achegando desde o Sur para onde
estavam os dois homens sombra. Girava sobre si mesma grandiosa; uma voz desde
dentro:
-Um dia alguém me disse que deveria ser mais ambiciosa, que
escrevia bem e tinha qualidades artísticas que convenientemente explodidas quem
sabe a onde chegaria. ¡Pois bem!,¡aqui
estou!, dando voltadas dentro de uma transparente borbulha de difícil
entendimento.
Enquanto, a pompa estava a cada vez mais próxima das
sombras´. Era agora a sombra mais pequena a que estava a dar saltos
persistentemente:
-¿Sim?,¡já!, e segundo ti quem cuspiu ao Presidente da
Gobernação foi patinho feio -dizia sombra pequena-,um ser que nem se sabe quem
é, mas que depois foi encontrado a poucos metros e levava explosivos como para
voar um banco…,¡mas!,¡vamos ver!,¡tudo isto é ilógico!.Ademais, agora que o
penso…
A esfera aproximava-se mais e mais às sombras:
-¡Ojala explodisse ela!. Ali onde estão teus olhos sento eu
que deveria permanecer, mas o mundo é muito largo.- Dentro da borbulha uma
mulher, Sarilapina.Era quem assim falava. Segue Sarilapina-Suponho que suporá
uma bonita diversãoa ver meu corpo encerrado
nesta criação de questionável identificação
Jajaja..¡tem graça!’…,jajaja…,rio-me de todo e não podeis
fazer nada pelo evitar, jajaja.-Enquanto isto dizia Sarilapina, não cessavam as
duas, bolha de sabão e mulher de girar, indo de um extremo ao outro, onde
extremidades nunca tivesse nem parecesse que pudesse chegar a ter-.
O primeiro que farei ao ser livre será escrever no
ar-prossegue Sarilapina-.Mas para isso alguém deverá interceder por mim e fazer
que a borbulha exploda, pois leva esta um líquido protetor defensivo jogado por
mim mesma impregnado em sua capa interior de muito difícil quebrantar . Só
alguém com entendimento. Com água e sabão, sim com água e jabón pude fugir de minhas sequestradoras e
sequestradores, introduzindo-me no caldeiro .Escapei do mundo do circo que explode
aos animais e pessoas forçando-as a
circunstâncias dramáticas
A mim exibiam-me, pois sou muito pequena de tamanho. Lógico
isso se me posso introduzir num caldeiro com água e sabão, mas sou grande de
coração.
-¡É uma conspiração!,-dizia a sombra grande colérica e em
tom ameaçante.-Não se sabe como pôde chegar ali nem que planos tinha .Fez-se
ver e cuspiu ao Presidente da Gobernação. Seguramente num ataque de ira não
contida .Com isso fez ver que era algo, como um pouco mais pessoal o assunto. O
caso é que se lhe interrogou e admitiu que foi pago pelo ministro de finanças,
e que estava acreditado nesses momentos para despachar um assunto com o presidente
sobre doces e bolos. Crê-lo-ás ou não, mas é o que há.
-Já…,e o de doces e bolos é a guindilla do pastel do
recochineo, vou jogar em teu contra, e digo-to assim, a ver que fazes agora…
A borbulha estava já a escassos cinquenta metros de onde os
dois pesquisadores sem título nobiliário e académico permaneciam, emboscados
numa zona de olmeiros. O rio discurría apaciblemente. Descia o água sem muito
caudal.As dimensões da bolha de sabão eram mais ou menos como o diâmetro de uma
bola de basquete. Continua sua agora já cantar, Sarilapina, pelo caminho do
rio, dentro da esfera:
-Ela escreve no ar para quem queira, ¡a Lua formosa com suas estrelas!, e posso dizer
que minha ambição é que a gente não caia nas armadilhas inimigas.Porém, nenhuma acção tão complexa
como a de nos saber num sozinho corpo sem espada com a que se defender-se da
tiranía .Porém, meu desejo quero ver eu que cavalga onde vosso amor, pois tive
que pagar um preço, o que requer o poder da imperativa acalma e concentração, para assim saber que cartas rejeitar, e a quales combinações
não poderia nunca chegar. ¿És tu uma
delas?,¿ou vives na quietude e acalma de algo melhor? Acerca-te e escuta o som
labial. ¿Que diz a paisagem?,¿Quem
assobia aí fora? Apesar de que passam os anos algo permanece , e esse algo é a esencia, nossas
raízes, enquanto, eu aqui navegando nesta circunferência.
Entre dois olmeiros estavam as duas sombras. Agora não
paravam de se mover. Os ânimos estavam muito quentes.
-¡Canalha!,devi eliminar-te faz tempo -dizia sombra
grande-,tu, meu anterior fiel escudeiro, sobrinho meu, que ias para triunfar
neste mundo da imprensa e as finanças. Nós somos e seremos sempre a voz do
governo enquanto este seja de corte militar como o capital, que se aconchega
perfeitamente à hierarquia. Atreves-te a dizer que isto é uma montagem e me
desafias dessa maneira tão vil e torpe ao mesmo tempo. ¡ Verás agora!, verás
como respondo eu…
O cantar de Sarilapina foi interrompido bruscamente com a
visão, agora nítida que tinha diante sua.
As duas sombras não eram sombras .Sombra grande tratava-se
de Cornelius Rubeola Giraldez da Plana,um alto cargo directivo em múltiplos
becos da comédia e tragédia usureira, onde fez nome desde a imprensa escrita.
Agora se levava a mão à bota esquerda que chegava quase até o joelho.
Baixou a mão e abriu a cremalheira. Sombra pequena,¡seu
sobrinho Jonathan!,em quem tinha depositado esperanças de que lhe sucedesse na
honra e a glória, se ia jogando para atrás apanhando a cada vez mais velocidade para a fugida.tropeçou numas
rochas:
-¡Alto!,¡Não!,¿Que vais fazer!
-Achas-te que não poderia com minhas próprias mãos...,¿eh?
A esfera estava agora ao lado dos dois, ninguém a viu até
esse momento. Mas agora brilhou intensamente na cara de Cornelius. Sarilapina
berrou:
-¿Eh!,¡Alto!,¡canalha!,¿que vais fazer?.-Ao mesmo tempo em
que isto dizia a bola se lançou sobre
Cornelius, quem muito alterado agora gritava estrondeantemente baldoante e ao
mesmo tempo retesado:
-¡Amaldiçoada bola saída do inferno!, e dirigiu a espada
sobre ela, tanto que lhe chegou a dar, simultaneamente que saiu despedida com o ímpeto, da mão de sombra grande Cornelius. Chegou o arma até onde
estava Jonathan. A esfera fendou, o suficiente como para que Sarilapina pudesse
com suas mãos fazer-a explodir. Jonathan apanhou a espada, e Cornelius, que
caísse ao chão, era agora quem estava no apresso.
-¡Não!, tudo é para ti, ¡deixa-me viver!-Recebeu de acima
para abaixo e cabo colado às duas mãos de Jonathan a visita do metal, onde o
coração-
Sarilapina estava agora no chão, inconsciente. Nenhum dos dois
advertiram dela, mas sim um jovem esquiilo que perto estava, e a cuidou como
uma mais da família.
xurx@erencia
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