viernes, 26 de abril de 2013

As aventuras de Sarilapina: um dia pelo rio


Subiram os degraus das escadas de três em três, eram doze, subiram doze as escadas de três em três. Eram vinte e oito degraus .Parece que ninguém o viu,mas há quem diz que se puderam oir as pegadas, que se gravaram,todas em harmonia, com microfones ocultos, e que ao chegar à nona teve uma interrupção, que faltava um degrau ao final para subir,e quem sabe o que aí mais aconteceu.

Ao acabar de falar, a sombra pequena recobrou um pouco a imagem de uma anterior vivida nitidez, de uma vida própria, e podia-se observar certos rasgos que induzem a pensar que se pudesse tratar de alguém conhecido no círculo privado de sombra grande.Mas isto são suposições. Quiçá fique-lhe melhor o de pesquisador sem título académico. Agora era ele quem fazia uso da palavra:

-¡Bem!, dizes que não há testemunhas oculares, mas com respeito a quem dizem que sim puderam ouvir, há também outras coisas mais importantes e curiosas gravadas, como a de que o que realmente escoitou-se foi coma um berro. “subiremos de três em três, e como treze somos, tu ficarás abaixo, patinho feio”.Estranha coisa, mas por gravado isso também está .Mas, deixemos-nos já de suposições. Foi patinho feio quem cuspiu ao Presidente da Gobernação e não o ministro de Finanças, ainda que sim com seu patrocínio.

Desde que não se permitem jornalistas nem outra qualquer  pessoa perto de um político ou uma política, que não esteja convenientemente acreditada sua identidade, costumam suceder mais este tipo de acusações entre estas e estes, entre umas e outros e as outras e os uns e os uns e os outros e as outras e as umas.

Ao acabar de falar, a sombra grande recobrou um pouco a imagem de uma anterior vivida nitidez, de uma vida própria, e podia-se observar certos rasgos que induzem a pensar que se pudesse tratar de algum magnata, de alguém poderoso, mas isto são suposições. Quiçá fique-lhe melhor o de pesquisador sem título nobiliário.

Uma esfera no ar ia-se achegando desde o Sur para onde estavam os dois homens sombra. Girava sobre si mesma grandiosa; uma voz desde dentro:

-Um dia alguém me disse que deveria ser mais ambiciosa, que escrevia bem e tinha qualidades artísticas que convenientemente explodidas quem sabe a onde chegaria. ¡Pois  bem!,¡aqui estou!, dando voltadas dentro de uma transparente borbulha de difícil entendimento.

Enquanto, a pompa estava a cada vez mais próxima das sombras´. Era agora a sombra mais pequena a que estava a dar saltos persistentemente:

-¿Sim?,¡já!, e segundo ti quem cuspiu ao Presidente da Gobernação foi patinho feio -dizia sombra pequena-,um ser que nem se sabe quem é, mas que depois foi encontrado a poucos metros e levava explosivos como para voar um banco…,¡mas!,¡vamos ver!,¡tudo isto é ilógico!.Ademais, agora que o penso…

A esfera aproximava-se mais e mais às sombras:

-¡Ojala explodisse ela!. Ali onde estão teus olhos sento eu que deveria permanecer, mas o mundo é muito largo.- Dentro da borbulha uma mulher, Sarilapina.Era quem assim falava. Segue Sarilapina-Suponho que suporá uma bonita diversãoa  ver meu corpo encerrado nesta criação de questionável identificação

Jajaja..¡tem graça!’…,jajaja…,rio-me de todo e não podeis fazer nada pelo evitar, jajaja.-Enquanto isto dizia Sarilapina, não cessavam as duas, bolha de sabão e mulher de girar, indo de um extremo ao outro, onde extremidades nunca tivesse nem parecesse que pudesse chegar a ter-.

O primeiro que farei ao ser livre será escrever no ar-prossegue Sarilapina-.Mas para isso alguém deverá interceder por mim e fazer que a borbulha exploda, pois leva esta um líquido protetor defensivo jogado por mim mesma impregnado em sua capa interior de muito difícil quebrantar . Só alguém com entendimento. Com água e sabão, sim com água e jabón  pude fugir de minhas sequestradoras e sequestradores, introduzindo-me no caldeiro .Escapei do mundo do circo que explode aos animais e pessoas  forçando-as a circunstâncias dramáticas

A mim exibiam-me, pois sou muito pequena de tamanho. Lógico isso se me posso introduzir num caldeiro com água e sabão, mas sou grande de coração.

-¡É uma conspiração!,-dizia a sombra grande colérica e em tom ameaçante.-Não se sabe como pôde chegar ali nem que planos tinha .Fez-se ver e cuspiu ao Presidente da Gobernação. Seguramente num ataque de ira não contida .Com isso fez ver que era algo, como um pouco mais pessoal o assunto. O caso é que se lhe interrogou e admitiu que foi pago pelo ministro de finanças, e que estava acreditado nesses momentos para despachar um assunto com o presidente sobre doces e bolos. Crê-lo-ás ou não, mas é o que há.

-Já…,e o de doces e bolos é a guindilla do pastel do recochineo, vou jogar em teu contra, e digo-to assim, a ver que fazes agora…

A borbulha estava já a escassos cinquenta metros de onde os dois pesquisadores sem título nobiliário e académico permaneciam, emboscados numa zona de olmeiros. O rio discurría apaciblemente. Descia o água sem muito caudal.As dimensões da bolha de sabão eram mais ou menos como o diâmetro de uma bola de basquete. Continua sua agora já cantar, Sarilapina, pelo caminho do rio, dentro da esfera:

-Ela escreve no ar para quem queira, ¡a  Lua formosa com suas estrelas!, e posso dizer que minha ambição é que a gente não caia nas armadilhas  inimigas.Porém, nenhuma acção tão complexa como a de nos saber num sozinho corpo sem espada com a que se defender-se da tiranía .Porém, meu desejo quero ver eu que cavalga onde vosso amor, pois tive que pagar um preço, o que requer o poder da imperativa acalma e  concentração, para assim saber  que cartas rejeitar, e a quales combinações não poderia nunca chegar. ¿És  tu uma delas?,¿ou vives na quietude e acalma de algo melhor? Acerca-te e escuta o som labial. ¿Que  diz a paisagem?,¿Quem assobia aí fora? Apesar de que passam os anos algo  permanece , e esse algo é a esencia, nossas raízes, enquanto, eu aqui navegando nesta circunferência.

Entre dois olmeiros estavam as duas sombras. Agora não paravam de se mover. Os ânimos estavam muito quentes.

-¡Canalha!,devi eliminar-te faz tempo -dizia sombra grande-,tu, meu anterior fiel escudeiro, sobrinho meu, que ias para triunfar neste mundo da imprensa e as finanças. Nós somos e seremos sempre a voz do governo enquanto este seja de corte militar como o capital, que se aconchega perfeitamente à hierarquia. Atreves-te a dizer que isto é uma montagem e me desafias dessa maneira tão vil e torpe ao mesmo tempo. ¡ Verás agora!, verás como respondo eu…

O cantar de Sarilapina foi interrompido bruscamente com a visão, agora nítida que tinha diante sua.

As duas sombras não eram sombras .Sombra grande tratava-se de Cornelius Rubeola Giraldez da Plana,um alto cargo directivo em múltiplos becos da comédia e tragédia usureira, onde fez nome desde a imprensa escrita. Agora se levava a mão à bota esquerda que chegava quase até o joelho.

Baixou a mão e abriu a cremalheira. Sombra pequena,¡seu sobrinho Jonathan!,em quem tinha depositado esperanças de que lhe sucedesse na honra e a glória, se ia jogando para atrás apanhando a cada vez  mais velocidade para a fugida.tropeçou numas rochas:

-¡Alto!,¡Não!,¿Que vais fazer!                     

-Achas-te que não poderia com minhas próprias mãos...,¿eh?

A esfera estava agora ao lado dos dois, ninguém a viu até esse momento. Mas agora brilhou intensamente na cara de Cornelius. Sarilapina berrou:

-¿Eh!,¡Alto!,¡canalha!,¿que vais fazer?.-Ao mesmo tempo em que isto dizia a bola se lançou  sobre Cornelius, quem muito alterado agora gritava estrondeantemente baldoante e ao mesmo tempo retesado:

Amaldiçoada bola saída do inferno!, e dirigiu a espada sobre ela, tanto que lhe chegou a dar, simultaneamente que saiu despedida  com o ímpeto, da mão de sombra grande Cornelius. Chegou o arma até onde estava Jonathan. A esfera fendou, o suficiente como para que Sarilapina pudesse com suas mãos fazer-a explodir. Jonathan apanhou a espada, e Cornelius, que caísse ao chão, era agora quem estava no apresso.

-¡Não!, tudo é para ti, ¡deixa-me viver!-Recebeu de acima para abaixo e cabo colado às duas mãos de Jonathan a visita do metal, onde o coração-

Sarilapina estava agora no chão, inconsciente. Nenhum dos dois advertiram dela, mas sim um jovem esquiilo que perto estava, e a cuidou como uma mais da família.


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