lunes, 11 de noviembre de 2013

AVENTURAS MITOLÓGICAS CLANDESTINAS CAPÍTULO III O DEUS FORMOI E OS CÃES DE BALHIULKA



CAPÍTULO III O DEUS FORMOI E OS CÃES DE BALHIULKA

 

 

O primeiro que puderam comprovar tanto Jonás como Hemérito VI enquanto aproximavam-se para a ilha que tinham mais próxima, é que esse pequeno pedaço de terra que parecia flutuar não estava deshabitado. O som era ensurdecedor. Entravam pela parte noroccidental da ilha, por uma pequena angra que estava plragada de cães grandes como o duplo de dois mastins, com cabeça que parecia a de um leão e que não paravam de ladrar, vinga uma vez e outra depois de outra. Estavam já a tão só uma média milha romana da terra, isto é, a uns setecentos cinquenta passos antigos, mais ou menos. Era a hora do meio dia de um dia soleado, quando o sol golpeia com força num dia desocupado

 

-Bem, não nos devemos deixar levar pelo nervosismo, daremos a volta à ilha-dizia Hemérito VI a Jonás, estando já tão para perto da ilha-

 

- Como não seja nadando!, este barco já não pode mais, de facto devemos do abandonar, ¡olha para popa, Hemérito!, entre a sobrequilla e o codaste apresenta uma abertura, o água está a entrar agora a toda a pressa, em breve afundar-nos-emos!

 

- Pois a nadar seja então, Jonás!

 

- E jogar ao água nestas latitudes onde o desconhecido pode ser mortuório?, não!, rememos em direcção à orla até onde possamos.

 

Não é culpa de Jonás, pois na vida ensinam-nos, agora igual que antes, que há que temer do desconhecido. Continuemos pois, com a conversa que tiveram tão singulares personagens.

 

- Essas bestas são terríveis!- replicava assim Hemérito VI a Jonás-

 

-Não o sei, mas devemos explorar, a meu mais bem me parecem pacíficas, e por sua fisonomía se assemelham aos cães de Balliulka

 

- Teu cries, Jonás?, de todas formas saber que são eles ditos cães em nada alívia

 

Ah!, os cães de Balhiulka. Assim contam-nos Jonás e Hrmérito destes animais que eram guardiães do antigo templo do Deus Formoi. Mas se era certo, como dizia Jonás ,que eram esses os cães de Balliulka, cabe então fazer-se uma pergunta, que faziam na ilha os cães de Balhiulka?

 

O Deus Formoi, quem protegia os espíritos dos mortos e as mortas, e tinha santuário lá no lago de Oximbal na vila de Balliulka, no atual estado de Digamndia no golfo de Bardenia, era protegido a súa vez por estes singulares guardiães do templo, quêm não paravam de ladrar quando algo incomodava-lhes, segundo contam-nos os livros, e assim mesmos as gentes do lugar, pois  por qualquer resposta requerida pelas gentes estrangeiras do por que desses cães, sinalizavam às e os aldeãos uns velhos pergaminos escritos nuns códigos indescifrávels para quem assim , e vindo de fora, visitava o santuário com a intenção de suplicar ao Deus Formoi pela alma do ser querido. Mostravam-se inofensivos ainda que não deixassem de ladrar. Na antessala do descansar após a vida terrenal situavam-se, e se a ou o visitante com súa imaginação soubesse decifrar o código secreto impresso no papiro, então sim!, então deixariam de importunar e de ladrar para a pessoa em questão. Os cães de Balhiulka e o templo de Balhiulka em veneração ao Deus Formoi...!,  e também a outras deuses e deusas menores, que ao igual que Formoi protegiam os espíritos das mortas e os mortos, mas nestes casos não eram pessoas as vidas das almas sucumbidas. Assim era o caso da Deusa Tifí com a veneração para os difuntos gafanhotos, o Deus Rnati para com  as salamandras ou o Deus Pata, o deus dos escaravelhos. Era e é o templo de Balhiulka uma enorme mole artística e arquitetónicamente falando muito interessante; cuma policromia em seus detalhes interiores espetacular. É isto assim que deixa-se ver tal condição nos frisos enormes de elefantes misturados com figuras fálicas e sementes de múltiplas cores pendurando de árvores com formas humanas sensuais em seus traços amatórios, representações da vida anterior de seres convertedos agora em espíritos de diferente condição social que figuram estampados, após que a carne apodrecera-se e só ficasse o alma.

 

Foi feito o templo sobre uma excavação com tendência vertical e orientada no sentido da trajetória solar, isto é, de Leste a Oeste. Pela parte externa do templo as paredes do santuário apresentam inumeráveis estátuas que representam os diferentes avatares ou encarnações terrestres das deusas e deuses ali venerados e veneradas. O santuário, aparte do já comentado, oferece outro elemento descomunal que é uma torre adosada no extremo esquerdo de seu plano frontal, uma torre que eleva-se até os vinte e sete metros de altura, ¡nem mais nem menos!. Quando o turista chega à vila de Balhiulka e se aproxima-se ao lago de Oximbal , se detém-se  no outeiro de Parimbima, que está a tão sozinho quilómetro e médio do templo, pode observar que devido ao efeito óptico originado pela luz que atravessa sedutora e inflamante as diferentes capas de ar, dá a sensação ao conjunto final como se flutuasse sobre o lago o templo, lago que dispõe-se horizontal com respeito ao monumento sagrado. Um templo extraordinário e poli cromático, que recorda a esses templos próprios do hinduismo com vários recintos que protegem às almas mais carregadas de fervor meditativo. Espalhadas pelo solo aparecem as sementes que se dispersam a modo de oferendas com as que venerar e alimentar o orgulho das divinidades: flores dispostas em guirnaldas ou soltas em seu uso da liberdade, frutos abertos com aromas penetrantes, poemas escritos em línguas incomprensívels e outros decifrávels, mas inacabados, lenços de seda sem ser usados jamais, anéis de prata com incrustações de alabastro, moedas de ouro com cunhações de diferentes impérios e de brilho abrasador, ou coroas de louros e espigas de trigo a modo de colares são, entre outras coisas, as múltiplas oferendas que dispensam-se pelas e pelos visitantes do santuário, dedicado principalmernte ao Deus Formoi, que protege os espíritos das e dos humanos mortos, mas também à Deusa Tifí que protege os espíritos dos  saltamontes, o Deus Rnati que protege espíritos dos gafanhotos, o Deus Rnati que protege os espíritos das salamandras ou o Deus Pata que protege os espíritos dos escaravelhos entre outras e outros. O  recinto central do templo é o núcleo principal e dispõe-se circularmente. Está dedicado por completo a Formoi. Acha-se dito recinto rodeado de uma grande balaustrada circular de mármol, e subido em sua parte interior a um pedestal duplo acha-se tal divinidade; um pedestal que está enfeitado com relevos de serpentes que lutam e se entrecruzan entre si. Por conseguinte, já sabemos algo, ainda que muito pouco a verdade seja dita dos cães de Balhiulka. Há outro fato que concierne a estes cães chegados a este ponto acho que é conveniente destacar. Os cães de Balhiulka uma noite escaparam do templo, fartos de ser cães que só vigiassem a figura fosilizada dum Deus; isto é o que assim se conta nos livros sagrados e mitológicos referentes ao Deus Formoi e o templo onde venera-se-lhe, na vila de Digamndia no golfo de Bardenia. Bem pode valer agora, penso eu, para continuar assim e de novo com a conversa que mantivessem Jonás e Hemérito VI quando encontravam-se com a disjuntiva de se entrar à ilha por sua parte mais noroccidental, onde encontravam-se os cães, ou explorar a ilha rodeando-a, ainda que isto se tivesse que fazer nadando.

 

 -Se como dizes são os cães de Balhiulka –dizia Hemérito enquanto ambos remavam com força e desespero, pois o água se ia acumulando dentro da pequena barca a cada vez mais e mais- , se isso é assim, pois resulta que o perigo não deixa de existir, já que nenhum dos dois sabemos decifrar o código secreto para apaziguar os cães.

 

-Pois igual confundes-te-dizia agora Jonás cessando já de remar, pois era coisa inútil, pelo fato de que quase lhes chegava-lhes o água até a cintura-, ademais, tudo isto é estúpido, devemos de atirarnos ao água!

 

- Sabes decifrar o código?

 

-Pensa uma coisa..., -voltava a falar Jonás enquanto o barco estava já  afundando e ambos flutuavam sujeitos ao esqueleto do navio- para que faz falta decifrar o código se não há templo, pois sabido é que os cães de Balhiukla de ali escaparam-se?

 

-Isso de que de ali escaparam-se faz-se evidente já não só nas escrituras,  e desde hoje mais ainda pelos ter achado..., se estes são os cães, claro está!,  mas não deixa de existir a dúvida de se agora guardam outro templo -replicava Hemérito VI-

 

-Em qualquer caso –dizia agora Jonás- é uma dúvida de tal beleza e magnitude que maravilhoso será a desocupar.Vamos pois, nademos até lá!

 

-Nademos pois, já que outra coisa não podemos fazer!



 
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