domingo, 24 de noviembre de 2013

AVENTURAS MITOLOGICAS CLANDESTINAS- CAPITULO VI I JONÁS E HEMÉRITO VI ADENTRAM-SE NA ILHA COM A AJUDA DE SINGULARES PERSONAGENS



CAPITULO VI I JONÁS E HEMÉRITO VI  ADENTRAM-SE NA ILHA COM A AJUDA DE SINGULARES PERSONAGENS

Jonás e Hemérito VI dormiam apacívelmente. Ainda apesar das fogueiras o frio gelava o sangue e do céu se desprendiam gotas de água congeladas muito  prolongadas longitudinalmente em formas de dardos ou estalactitas sem teito e estalagmitas sem chão. As emoções tão fortes vividas desde que saíram do Golfo de Bradenia para as ilhas das sepultureiras eram agora transportadas ao mundo dos sonhos num ato de apacível retentiva, enquanto os corpos se rendiam ante a escuridão tenebrosa e o feitiço entre onírico e redentor duma paisagem alumiada pelas fogueiras elaboradas das faíscas de fogo que traziam as elfinhas e elfos das abelhas, convertidas ao chegar ao solo em ninfas e elfinhos. Abertamente tombados estavam agora dormindo Jonás e Hemérito VI, sobre improvisados enxergões de palha e feno e cobertos com peles de baleia que trazia a ogressa Acuranatak, a qual dormia de pé, em curtos espaços de tempo intermitentes, como as éguss, e só se o cansaço  era demoledor se tombava na plácida erva. Por outra parte estavam as ninfas e elfinhos, deusas e deuses menores que chegassem do céu e se acoplavam ao meio. Os elfinhos queriam dormir com as ninfas, mas pelo geral estas o faziam na água marinha, coisa que era quase mortal para os elfinhos, que ainda que eram de fácil acomodo não podiam suportar tais gélidas temperaturas. E chegaram os primeiros raios de sol sendo os primeiros em recebê-los os que mais dormiram, os cães de Balhiulka. Uma das ninfas, Rosemeriamli, ninfa de tranças douradas que lhe chegavam até os tornozelos e com pecas aromáticas dispersas entre os poros mais genuinos de sua pele, permaneceu toda a noite junto a Jonás e Hemérito VI, e o fez descansando dentro da fogueira que lhes protegia. Agora se acercava, conhecedora da arte das línguas e interpretações, a um dos cães que movia a cauda alegremente, enquanto os dois humanos lentamente começavam a acordar, preguiçosamente.

-Dize-me, qual é teu nome? -perguntava agora a ninfa Rosemeriamli ao cão de Balhiulka-

-Os cães de Balliulka não temos nome, essa é nossa imensidão

-Há certas ninfas, -continuava Rosemeriamli- como é meu caso, que nascemos por decisão própria de nossas mães quando elas querem que baixemos ao mundo das esferas terrestres; elas então acordam de seu letargo e se prolongam suas paixões em nossas. Algumas, como é meu caso, somos conscientes das diferentes maneiras de se comunicar os seres da criação, e entendemos tanto a linguagem de humanas e humanos como o das e os demais mortais, e até inclusive como ontem se pôde comprovar, ainda que tu estivesses a dormir a de ogresas...; e  também as das superiores divinidades. Por conseguinte é necessário que tenhas um nome, mas...,  dize-me..., como queres que te chame?

-Os cães de Balliulka não temos nome, essa é nossa glória

 -Mas..., talvez não compreendes?, bem..., o caso é que para passar à história precisais um nome que vos distinga. Mas..., deixemos o do nome..., que já fá-se-á em seu devido tempo..., como chegastes aqui?

Falar de Rosemeriamli é falar do céu. Bom, a verdade é que o céu olha à terra de maneira diferente que a terra olha ao céu, e isso é  porque um está acima e outra abaixo. É de modo que acha-se que quem vive no céu tem mais poderes que quem vive na terra porque estas e estes últimos olham para as alturas e não parecem ver nada ou quase nada mais que estrelas, nuvens e algumas aves migratórias, enquanto quem habitam lá acima..., bem, pois quem..., para quem ali habitam acima a coisa parece ser muito  diferente. Por qué senão as estrelas  riem-se das árvores?

- Nós viviamos no lago de Oximbal , na vila de Balliulka,  no atual estado de Digamndia, no Golfo de Bradenia

-Bem..., sim..., de acordo. Isso é o que eu sei também, já que as ninfas como eu, ainda que pareça que nascemos ontem como é meu caso em que minha mãe saiu da concha marinha para dar a minha vida na terra..., já sabemos muitas coisas..., mas..., por que sou eu quem acaba dando explicações e tu permaneces na margem...?,  e o que fazemos...,o que fazemos é viajar dum a outro corpo que já vivia anteriormente...,mas...não me respondeste à pergunta..., como chegastes aqui?

Porque sim, é de modo que as estrelas riem-se das árvores por capricho, elas dizem que  ditos vegetais podem-se mover  dum lado a outro, e que elas  não o fazem porque são de espírito tendente à vagancia, e que tanto é assim que deixam cair suas folhas e frutos ao chão. Assim ocorre que às vezes se enfadam com as árvores as estrelas por tais atos negligentes; de tal maneira que as esferas gasosas descarregam um pouquinho de sua energia na grande vara de Soilalbiam, a deusa de todo o firmamento, pois é  aqui, no golfo de Bradenia onde se rende tributo desde tempos inmemorávels a dita deusa. A vara dirige a um lado e ao outro sua força, que não é dito impulso mais que a reunião de diferentes vibrações caprichosas dos corpos celestiais; e quando as estrelas se incomodam com as árvores é sabido aqui neste paraiso, neste rincão da terra, que então ocorre que as árvores morrem abrasadas. Tudo em seu conjunto é uma  relação de diferentes aptidões, diversos estados  de ânimo representados em impulsos elétricos que chegam à terra por médio da deusa Soilalbiam. Dita deusa agarra tenazmente e com seu enorme braço cristalino a grande estaca sagrada carregada de energia acumulada pela selecção tornadiza de toda um etéreo devir celestial de voluptuosidades, embora geradoras vida onde o terrenal e meridianamente perecível. Ninguém que viva da ciência humana pode negar estes fatos, mas sim que podem renegar da ciência as estrelas e outros astros que observam de acima  e para abaixo todo o que pendura da abóbada celeste.

-  Uma noite escapamos do templo, –responde agora o cão de Balhiulka à ninfa Rosemeriamli-  fartos de ser cães que só vigiassem a figura fosilizada dum deus, dum deus que respeita aos mortos. Tualba contactou conosco telepáticamente uma vez que aqui chegou e construiu trenós especializados para voar pelo céu, e assim nos instalar nesta a primeira ilha que se divisa desde o Golfo de Bradenia. Horrintae veio uma noite, ao se dar conta de que Tualba por aqui se escondia, e nos disse que não nos ia matar mas sim que nos ia pôr-nos de seu lado, até que chegaram estes dois humanos que romperam o malefÍcio.

-  Ah!, que coisa mais interessante!, - dizia agora Rosemeriamli-  e como fizeram os dois humanos, Jonás e Hemérito VI para desfazer o maleficio.

-Um dos dois humanos disse as seguintes palavras –responde o cão de Balliulka-

“Fonte sublime de boca curiosa
Em tua pedestal ela nascerá
E de Formoi filha nascida ao mundo.
Tu,  fonte chamada Minxial!,
Que precipitas teu manancial
Na cercania de meu alento juvenil.

Voltas agora a mim em forma de Deusa,
A ilusão de minha vida por ver que estás com vida,
Meu jovem Ninfa do amor.

E atiras tal quantidade de água que
Só o te ver recolhendo o cabelo
Que desprende faíscas de fogo infantil
Faz-me sentir-me bem.

Esse água que brota de teus olhos
Feitos ao amanhecer!,
E que depois dum éter suspiro
Baldea meu amor para contigo.

Aquela sensação que também brota
E atira de minha pequenhito coração,
Como a esperança de meus dias
Que vêem florescer alvas do meio dia
Nas noites mais escuras
Em que um ogro pudesse morar.

E agora que vocês,
Cães da noite dormidos estais
E a lua sequestrada pelo sol parece estar...,
Dize-me tu, minha deusa!
Quem é a dama mais bela no amor?...,

Falar de Rosemeriamli é falar do céu porque entre outras coisas de ali é sua mãe a elfinha das abelhas. Essas pequenas aves quase metálicas que tinham seu lugar de repouso dentro duma concha marinha e que viviam sempre dormidas na abóbada celestial. Coladas umas depois de outras em fileiras fazendo grinaldas fluorescentes no firmamento, como prolongados povoadores vermes de seda celestes e flutuantes no universo. Assim viviam as elfinhas e elfos das abelhas também, só que estos eram mais vadios e iam sempre na retaguarda, por trás das elfinhas e continuamente as acossando pára que elas lhes servissem em suas caprichos voluptuosos, rendidos ante elas . Baixavam de quando em quando elfinhas e elfos por vontade própria. Iam assim  ao terrenal,  no meio da lógica confusão estremecedora que se produzia quando a vara da deusa do firmamento Soilalbiam se agitava, devido ao enérgico e seco movimento de seu braço cristalino, prolongado e ejecutor das inclinações caprichosas de astros  e demais corpos e divinidades celestiales. Baixavam hiper-ativas, cheias de energia própria após ter invernado tanto tempo junto aos caracois marinhos, dentro de suas conchas; e traziam faíscas de fogo com as que voavam dum lugar a outro atirando-as  em pontos estratégicos da terra, e quando nela posavam se transformavam as elfinhas em ninfas.

- Vá!, pois..., a verdade..., o certoo é que isto diz muito boas coisas de vocês. Que sensibilidade! -dizia assim agora Rosemeriamli, enquanto alegre girava dando voltadas por si mesma sem parar-

Ao mesmo tempo em que isto dizia, Jonás se levantava do singular enxergão, enquanto exclamava:

-Mas, que ocorre aqui?....isto..., bons dias antes de mais nada, mas... –dizia Jonás enquanto sua vista não deixava de estar fincada na formosa figura de Rosemeriamli, ninfa de tranças douradas que lhe chegavam até os tornozelos e com pecas aromáticas dispersas entre os poros mais genuinos de sua pele-

-Olá pois –dizia agora Rosemeriamli- parando de girar e olhando a Jonás-  estamo-nos a conhecer, eu lhe conto algo de minha vida e ele da sua, é maravilhoso!, mas...,faz favor!, teu...,¡teu deves também participar!, ¡todas as almas das terra e do céu, todas as almas que habitem no centro da terra e no fundo dos Oceanos mais inaccesívels, todas e todos devemos participar e deixar que se nos conheça nesta vida para que assim seja menos triste o fato de nossas existências. Olá ogresa, tudo bom estás?. E teu, Hemérito VI, érgue-te tu. Venham, ninfas!, corram, elfinhos!, hoje é um grande dia!.Internar-nos-emos na ilha para explorá-la e assim procurar a Tualba, e se não está nesta iremos às outras após ir recolhendo as armas que foram depositadas nos sacro-santos cemitérios naturais.Treme Horrintae!



 
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