lunes, 2 de diciembre de 2013

AVENTURAS MITOLOLOGICAS CLANDESTINAS. CAPÍTULO VIII A OGRESSA ACURATANAK DESCOBRE UMA INSCRIÇÃO REVELADORA


CAPÍTULO VIII A OGRESSA ACURATANAK DESCOBRE UMA INSCRIÇÃO REVELADORA



Iam empreender a marcha para o interior da ilha. Os cães de Balhiulka, excepto Minurl, permaneceriam ali, vigiando essa entrada. Minurl era aquele que pela manhã matinal movera a cauda alegremente e falara com Rosemeriamli, enquanto lentamente começavam a acordar preguiçosamente os dois humanos. Ninfa ela com sardas aromáticas dispersas entre os poros mais genuinos de sua pele , de tranças douradas que lhe chegavam até os tornozelos e ciente da arte das mil línguas e infinitas interpretações.Os cães, pois, ficariam vigiando, assim foi pactuado. E  fá-lo-iam fazer com a colaboração dalguns dos elfinhos que incordiavam às ninfas para se juntar com elas, pois foi assim que foram seleccionados por elas como os mais preguiçosos e insistentes em tais luxuriosos desejos voluptuosos de máxima aproximação. Protestaram eles, os vadios, mas os cães ladraram e eles calaram. Ao ver esta resposta por parte dos cães foi que algumas das ninfas decidiram ficar, e delas algumas se fundiram nas pedras e no mar e outras olhavam complacentes aos elfinhos. Por conseguinte, a expedição estava composta, sem importar a ordem na relação numerária de suas personagens, por: o cão de Balhiulka Minurl, a ninfa Rosemeriamli, os humanos  Jonás, do clã de “Prusima a Cerva” e Hemérito VI, do clã de “O Burro Nicafor”, a ogressa Acuranatak e um coro de ninfas  e outro de elfinhos. Iam agora seguindo um dos caminhos que elegeram por lhes parecer a todas e todos o mais singular, pois aparecia o sendeiro alagado de seixos rolados de muitas diversas cores cálidas.

 
As ilhas, em general, se estão desertas de homens e mulheres permanecem alheias ou desconfiadas às leis universais do justo equilíbrio que trazem estrangeiras e estrangeiros...;  claro está!, porque ninguém do reino humano habita nelas, não há nativas ou nativos, nem tampouco quem de fora chegassem. Facilmente deducívele que não são submetidas quando têm sido descobertas se não foram colonizadas, ou mesmo assim e sendo submetidas resulta que é menos firme sua disciplina servil a esse outro reino que vem de fora às submeter. Tudo isto é assim porque o vento as rodeia ,e elas aprenderam do vento sem se ter abrigado Teve um tempo em que tinha muitas ilhas flutuando pelo mar, um tempo inclusive anterior às deusas e deuses que habitam em terra. Tantas eram que entre elas muito pouco espaço ficava. Ademais estava o facto de que tinham uma tendência amorosa a se unir. Poderia dizer-se que quasse se acoplavam umas com outrasm, e que todo era um manto de terra rachada, e tais fendas os caminhos que deixa o mar, ou os caminhos do mar sem terra com fendas que deixam impressões, ou simplesmente um efeito da natureza em suas demonstrações de mágica sabedoria. Com o tempo, foram subindo desde o fundo e alimentaram-se desses espaços flutuantes de terra...; ¿quem?, pois logicamente os monstros marinhos.Sim!, eles se alimentaram das ilhas e as devoraram quasse em toda sua totalidade. E lá, no largo firmamento, um espaço para o encontro,onde a luz das outras ilhas celestes, as chamadas estrelas, incidia de forma  tão jocosa sobre as ilhas terrenais que chamava a atenção dessas bestas que habitam no fundo marinho. Chamavam assim a atenção dos monstros as estrelas , ainda que desde logo que não era a intenção que abrigavam com tais disposições para com eles, e postos no caso de que alguém possa dizer o contrário..., mas não!...,  em realidade o único que pretendiam elas era jogar com as ilhas. E é que...o fato de..., e é que..., não entendiam elas de que seus inocentes e sensuais aproximações  pudessem ser vistas como uma incitação que abrisse o apetite de tenebrosas criaturas, pois as ilhas no céu permanecem a todas luzes ingénuas desse fundo marinho. Depois do banquete submergiram-se as bestas. Ficaram poucas ilhas.Tão poucas que são várias as versões. Sabido é que nos tempos atuais se generaliza agora a ideia de que só ficou uma, da qual nasceu a terra após uma explosão; mas o certo é..., o que verdadeiramente conta para as gentes que por aqui povoam é que ficaram três, as ilhas das sepultureiras, pois é tal como assim narram também  as sagradas escrituras.E  que depois ocorreu que os ogros do mar devolveram, fruto da indigestão neles produzida por tal glutonaria, e assim se criou a terra em torno delas, em torno das três ilhas. O primeiro que apareceu foi flutuando uma montanha, a do bico mais alto do golfo de Bradenia, que não era outro que Ismatumba, na agora pequena república de Gotagma. As águias circundam o céu!. Mais bem nasceram dele, e baixaram à terra para ver à montanha primigenia. Essa lava do fundo marinho expulsada em processo de indigestão por ogros e ogressas, um bico alto e flutuante que procura o céu e encontra o voo perspicaz de tais aves depredadoras, essa montanha onde chegasse  ressuscitada a mulher de nome Pruseima, e que assim o vissem  duas camponesas da vila de Pantoimenka que vinham de volta das planícies de Vendrelielka, em Vistrikam, hoje a cidade das Bestas Sagradas; que a mulher mau ferida se convertesse numa cerva com o tamanho dum elefante, que subiu tal sagrada montanha pela ladeira norte, a ladeira enfeitiçada; que a ela nunca mais entre mortais se lhe visse, e que se chamava a Deusa Prusimea. Sim!, era de modo que só se tratava dum jogo. Um jogo enormemente divertido que também entenderam como tal os primeiros enormes habitantes do fundo do mar, pois eles pensavam que as ilhas eram como bolachas, como obleias que as estrelas, tão amáveis como sempre lhes brindavam como almorço

 
-¿E bem?, suponho que terás muitas coisas que nos contar, deve ser apaixonante ter visto a uma deusa -falava assim agora Rosemeriamli a Minurl quando iam caminhando, adentrándose ao interior da Ilha, e por um dos caminhos que elegeram por lhes parecer a todas e todos o mais singular, pois aparecia o caminho alagado de seixos rolados de muitas diversas cores cálidas-

-Não sei que queres dizer por apaixonante –responde secamente Minurl, o cão de Balliulka-

-Pois..., em fim..., de tuas palavras tão austeras deduze-se uma desidia amatória...

- Eu sou um cão e ti uma ninfa!

-  Já!..., mas sois cães eleitos por deusas e deuses, e isso vos faz ser diferentes, devêsseis de estar mais orgulhosos -fala agora a ninfa Rosemeriamli, enquanto se detém no caminho para beber das líquidas emanações de água que se desprendem desde as raízes duma enorme cerejeira-

-Mas sou ainda assim um cão, meu anterior amo era o Deus Formoi e o templo onde se lhe venera, na vila de Digamndia no golfo de Bardenia. Vocês as ninfas vos pareceis bastante às humanas. Ainda que igual que deusas e deuses sabeis voar. Nós os cães, ao igual que eles não podemos voar, mas não nos parecemos tanto, ainda que sejam nossas e nossos melhores amigos. Não diferenciamos pois entre humanas e humanos, deusas ou deuses, ninfas, elfinhos... - Mas, fostes chamados pela deusa Tualba, a quem devemos localizar...-interrompe com assombro Rosemeriamli -

-Coisas da casualidade, -interrompe com firmeza Minurl - ela nos precisava e nós servimos a quem bem nos trata. Como disse antes, meu anterior amo era o Deus Formoi e o templo onde se lhe venera, na vila de Digamndia no golfo de Bardenia. Deus, certo é, que protege o espírito de guerreiros e guerreiras quedas em batalha, mas nós os cães só entendemos que era nosso amo, e como tal sua casa devíamos guardar. Depois chegou o de Tualba...

Falavam por conseguinte Rosemeriamli e Minurl quando o grupo chegou até uma planície da que icavan salientes algumas árvores dispersas com tronco de cobras que levavam em seus ramos colgantes gaiolas de prata com pequenos animais dissecados. Quando o grupo começou a se achegar a ditos árvores, puderam adivinhar que se tratava de mouchos, corvos e corvas e cabeças reduzidas de mulheres e homens, estas últimas sem gaiola, colgantes dos pedúnculos, como se se tratasse de enormes cerejas podres.

- Por Tualba!, exclamava agora entre assombrado e aterrorizado Hemérito VI-, mas..., oh!, tudo isto... que significa?.., é..., é algo verdadeiramente horrível.

-Tem que ter uma explicação –dizia Rosemeriamli enquanto olhava dum lado a outro procurando alguma pista, e as fadas e elfinhos voavam precipitada e inquietamente-

-Mas, vos fixar!... Acuranatak!...; onde vai?

Dirigia-se a ogressa para uma pedra vertical que se achava emboscada entre a erva. Cortou o matagal, depois comeu-lho e ficou a pedra. Tinha uma inscrição. Fez gestos ao grupo para que se achegasse. Com assombro asi fizeram-no. A ogressa Acuranatak pediu à ninfa Rosemeriamli que decifrasse o enigma. E Rosemeriamli, primeiro leu pára se mesma, para acto seguido, e presa de uma emoção incontrolável, parecendo ser sabedora do que isso ia significar olhou ao céu, alçou punho em alto e gritou:


“Que se ouçam estas palavras

E seu verdadeiro significado,

Que se entenda que as deusas

Ajuda também precisamos,

Tualba sou e habito em teu coração

E ti virás a me salvar”.


Eram estas, por conseguinte, as palavras escritas em enormes caracteres pictográficos. Chorou Rosemeriamli e o céu se abovedou duma luz intensa e metálica. Soou um estrondo arrollador, como o trovão do julgamento final. A terra tremeu e aralhou de tal maneira que se partiu em dois, caindo no abismo uma ninfa e dois elfinhosos. As gaiolas explodiram e  dos mouchos corrvas e corvos saíram figuras etéreas de guerreiras e guerreiros que cicatrizavam no ar como espectros. As cabeças minimizadas caíram do pedúnculo e da terra germinou um grupo de homens e mulheres, humildes camponesas e marinheiros.

 
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