viernes, 2 de noviembre de 2012

POESIA NA IDADE MÉDIA: OS GOLIARDOS

                                                   

                                               FORTUNA IMPERATRIZ DO MUNDO


02. Choro as Feridas da Fortuna

“…No trono da Fortuna
sentava-me no alto,
coroado por multicores
flores da prosperidade;
mas por mais prospero que eu tenha sido,
feliz e abençoado,
do pináculo agora despenquei,
privado da glória…”


O latim medieval da canção dos viajantes eruditos é penetrado pela antiga concepção de que a vida humana está submetida aos caprichos da roda-da-fortuna...

  


     OS GOLIARDOS
sustantivo masculino
1 HISTORIA Clérigo o estudiante vagabundo que, en la época medieval, llevaba una vida irregular.
adjetivo
2 Que se entrega a la gula y al libertinaje.
* * *
goliardo, -a (del fr. antig. «gouliard»)
1 adj. Dado a la *gula y al libertinaje.
2 m. En la Edad Media, *clérigo o estudiante *vagabundo o que llevaba vida irregular.
* * *
goliardo, da. (Del fr. ant. gouliard). adj. Dado a la gula y a la vida desordenada; seguidor del vicio y del demonio personificado en el gigante bíblico Goliat. || 2. m. En la Edad Media, clérigo o estudiante vagabundo que llevaba vida irregular.
* * *
Os goliardos eram grupos de estudantes e clérigos que escreveram poesia satírica em latín durante os séculos XII e XIII. A maior parte deles estudaram nas universidades de França, Alemanha, Itália e Inglaterra que protestaram contra as contradiciones no seio da Igreja, tais como o falhanço das Cruzadas ou os abusos económicos, expressando seu descontentamento mediante canções, actuações e poemas. ► adjetivo Dado a la gula y a la vida desordenada.
masculino Clérigo o estudante medieval de vida vagabunda.
* * *


Estudantes e clérigos vagabundos da Inglaterra, França ou Alemanha medieval, recordados por seus versos satíricos e poemas laudatorios do desenfreno e na contramão da Igreja e do papa.Renegados sem morada fixa, entregados de cheio a uma vida escandalosa, descreviam-se como seguidores do legendario bispo Golias. Através de uma série de decretos (a partir de 1227), la Iglesia terminó por revocar sus privilegios clericales. Carmina Burana es una colección de poemas y canciones goliárdicas latinas del s. XIII; algunas fueron traducidas por John Addington Symonds, como Wine, Women and Song [Vino, mujeres y canto] (1884), y otras fueron adaptadas en la famosa cantata de Carl Orff (1937). En el s. XIV, el término pasó a significar juglar o ministril

Enciclopedia Universal. 2012.




Os carmina burana: (do latim carmen,ìnis 'canto, cantiga; e bura(m) O significado do nome é, ‘Canções de Beuern’ em latim vulgar 'pano grosseiro de lã', geralmente escura; por metonímia, designa o hábito de frade ou freira feito com esse tecido. São textos poéticos contidos em um importante manuscrito do século XIII, o Codex Latinus Monacensis, encontrados  durante a secularização de 1803, por Johann Christoph von Aretin, no convento de Benediktbeuern - Bura: o nome latino do povoo alemão de Benediktbeuern, a antiga Bura Sancti Benedicti, fundada por volta de 740 por São Bonifácio, nas proximidades de Bad Tölz, na Alta Baviera. O códex compreende 315 composições poéticas, em 112 folhas de pergaminho, decoradas com miniaturas. Atualmente o manuscrito encontra-se na Biblioteca Nacional de Munique



Foto: La abadía de Bura Sancti Benedicti (Benediktbeuern),
        

O códice encontrado em Benediktbeuern continha poemas dos monges e eruditos errantes — os goliardos —, quase todos escritos em latim medieval, exceto 47 versos, escritos em médio-alto-alemão vernacular e vestígios de frâncico. Um estudioso de dialetos, Johann Andreas Schmeller, publicou a coleção em 1847, dando-lhe o título de “Carmina Burana”, que, em latim, significa “Canções de Benediktbeuern”.
Acredita-se que todos os poemas fossem destinados ao canto mas os copistas responsáveis pelo manuscrito, nele não indicaram a música de todos os carmes, de modo que só foi possível reconstruir o andamento melódico de 47 deles. O códex é subdividido em seis partes:
-Carmina moralia et satirica (1-55), de caráter satírico e moral;
-Carmina veris et amoris (56-186), cantos primaveris e de amor;
-Carmina lusorum et potatorum (187-228), cantos orgiásticos e festivos;
-Carmina divina, de conteúdo moralístico-sacro (parte que provavelmente foi adicionada já no início do século XIV).
-Ludi, jogos religiosos.
-Supplementum, suplemento com diferentes versões dos carmina.


  Este libro recoge todos los poemas de temática amatoria contenidos en los Carmina Burana, obra cumbre de la lírica medieval en la que se dan cita composiciones de carácter erótico, críticas a las costumbres del clero, referencias al mundo clásico, etc. Van acompañados de un completo estudio introductorio que sitúa la obra en el contexto socio-cultural de la época. 


http://books.google.es/books?id=T-8wHTvUGZ4C&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false












Carl Orff, (Múnich, 10 de xulho de 1895 – ibídem, 29 de março de 1982)  descendente de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, teve acesso a esse códex de poesia medieval e arranjou alguns dos poemas em canções seculares para solistas e coro, "acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”. A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera. Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosissima"). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”).


Havia poemas dos monges e dos eruditos viajantes em latim medieval; versos no vernáculo do alemão da Alta Idade Média, e pinceladas de frâncico. O erudito de dialetos da Baviera, Johann Andreas Schmeller, editou a coleção em 1847, sob o título de Carmina Burana.
http://www.das.ufsc.br/~sumar/perfumaria/Carmina_Burana/carmina_burana.htm#O%20Fortuna
         



Walther von der Vogelweide: nasceu ao redor de 1170 possivelmente na actual Baixa Áustria emorreu, provavelmente em Wurzburgo, ao redor de 1228. Foi um dos Minnesänger (é o nome com que se denomina aos trovadores germanos que nos séculos XII e XIII percorriam a actual Alemanha. Estavam unidos em comunidades ou hermandades). 


Estes cantores tinham muito em comum com os trobadours (trovadores) provenzales (do sul de França). Como eles, cantavam geralmente a respeito do amor cortês ('da corte', não popular), do que prove o termo alemão minne).Actual Alemanha. Estavam unidos em comunidades ou hermandades).





¿A dónde han huido mis años?

I
¿A dónde han huido mis años?
¿Soñé mi vida o fue verdad?
¿Lo que creí que fue, existió?
No sé cuánto tiempo he dormido.
Ahora me he despertado y desconozco
todo lo que antes conocía como mi propia mano.
Las gentes y las tierras donde me crié desde niño
me resultan extrañas, como una ilusión.
A mis compañeros de juego los veo lentos y viejos;
el campo es distinto y el bosque ha cambiado:
sólo el agua va por donde iba antes.
En verdad podría decir que es una gran desgracia.
Me retira el saludo el que antes me conocía.
El mundo está en todas partes lleno de hostilidad.
¡Cuando pienso en algunos días felices,
que han pasado por mí como una tromba de agua!
Cada vez más, ¡ay!

II
 ¡Ay, qué lamentablemente actúan los jóvenes!
Los pocos que se arrepienten de corazón
tienen ahora motivo para preocuparse: ¿por qué obran así?
He dado la vuelta al mundo, nadie está contento:
bailar, reír, cantar terminan con las preocupaciones.
Nunca se vio multitud que causara tanta pena.
Fíjate en los tocados de las damas;
los caballeros llevan, orgullosos, trajes de villanos;
aquí nos llegan cartas inquietantes de Roma,
se nos permite lamentarnos y nos quitan la alegría.
Esto me afecta en el corazón (¡vivíamos tan a gusto!),
a los pájaros silvestres aflige nuestra tristeza;
¿qué tiene de maravilloso si me desespero?
¿Qué digo, tonto de mí, impulsado por la cólera?
Quien sigue la alegría aquí, la perderá en el cielo.
Siempre más ¡ay!

III
¡Ay, cómo se nos ha engañado con dulces prendas!
Veo flotar las amarguras en medio de las mieles.
Por fuera, el mundo es bello, blanco, verde y rojo
y por dentro de color negro, oscuro como la muerte.
Cuando por fin haya recuperado el consuelo,
habrá sido con débiles remedios frente a grandes calamidades.
Pensad bien en esto, caballeros, pues es cosa vuestra:
lleváis relucientes yelmos; algunos, duras mallas;
y todos, fuertes escudos y espadas bendecidas.
¡Quisiera Dios que mi valor fuera victorioso!
Así querría yo poder servir al hombre necesitado
y no me refiero a la tierra ni al oro de los señores:
yo mismo quisiera llevar corona eterna,
que el mesnadero le gustaría lograr con fuerte lanza.
Me gustaría hacer las expediciones por el mar
y entonces cantar "¡Afortunado!" y nunca más "¡Ay, desgraciado!"
y nunca más "¡Ay, desgraciado!"v
aba vi
Walther von der Vogelweide (minnesinger, 1170-1230), en Poesía de Trovadores, Trouvères y Minnesinger, Carlos Alvar

http://www.dunphy.de/ac/Walther.html 


                                                   Carl Orff's Carmina Burana